A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,9% no
trimestre encerrado em março, atingindo 8,6 milhões de pessoas, de
acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua) divulgados na manhã desta terça-feira (30)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em igual período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua
estava em 8,8%. No
trimestre encerrado em fevereiro de 2024, a taxa de desocupação estava em 7,8%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.123 no
trimestre encerrado em março. O resultado representa alta de 4,0% em
relação ao mesmo período do ano anterior.
A
massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 308,3 bilhões no
trimestre até março, alta de 6,6% ante igual período do ano anterior.
Subutilização
da força de trabalho
Faltou
trabalho para 20,7 milhões de pessoas no Brasil no trimestre terminado em
março, das quais 8,6 milhões estavam sem nenhum trabalho, segundo os dados da
Pnad Contínua.
A
taxa composta de subutilização da força de trabalho passou de 17,3%
no trimestre de outubro a dezembro de 2023 para 17,9% no trimestre até março. Esse indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação
por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial,
ou seja, relativa a pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam
disponíveis para trabalhar.
No
trimestre até março de 2023, a taxa de subutilização da força de trabalho
estava em 18,9%.
Ainda
segundo o IBGE, a população subutilizada (20,7 milhões) cresceu 3,9% ante o
quarto trimestre de 2023. Em relação ao trimestre até março de 2023, esse
indicador assistiu a um recuo de 4%. Àquela época, um ano antes, havia 21,57
milhões de pessoas nessa situação.
Carteira assinada no setor privado
O
primeiro trimestre de 2024 mostrou estabilidade no número de vagas com carteira
assinada no setor privado,
que recebeu somente mais 11 mil pessoas em relação ao quarto trimestre de
2023.
Em
um ano, na comparação com o trimestre encerrado em março de 2023, 1,3 milhão de vagas
com carteira assinada foram criadas no setor privado (+3,5%).
A população trabalhando
sem carteira assinada no setor privado totalizou 13,4
milhões, 139 mil a menos que no trimestre anterior, o que representa queda de 1% no
período. Em relação
ao trimestre até março de 2023, foram abertas 581 mil vagas sem carteira no
setor privado (+4,5%).
O
trabalho por conta própria ficou estável ante o trimestre anterior, com 25,4
milhões nessa condição, uma queda de 209 mil pessoas (-0,8%). Com relação há um
ano antes, o resultado significa 208 mil pessoas a mais atuando nessa condição
em relação a um ano antes (+0,8%).
Informalidade
No
trimestre até março, a taxa de informalidade ficou em 38,9% da
população ocupada, o que representa 38,9 milhões de trabalhadores informais, quedas ante as taxas
de 39,1% do trimestre anterior e de 39,0 % no mesmo trimestre de 2023.